Autor: Francy Teixeira

O médico infectologista e coordenador do Laboratório Leishmaniose da UFPI, Carlos Henrique Nery Costa participa nesta quinta-feira, 20 de agosto, da Webinar ‘Covid-19 na África: Visão de três países’, a partir das  16 horas. O encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical(SBMT) e pela  Trópicos Quentes tentará entender o que está acontecendo para que o continente tenha até o momento uma incidência baixa, se o indicativo é resultado de um processo cultural ou da subnotificação por conta da fragilidade no  sistema de saúde.

O infectologista piauiense destaca que enquanto algumas nações africanas têm poucos casos registrados, a África do Sul tem uma incidência similar à brasileira.

“Vamos aproveitar essa conversa com os colegas da África para tentar entender o que de fato está acontecendo lá, está levando a esses indicadores muito baixos, tanto da incidência da doença, como da mortalidade, não sabemos se é alguma peculiaridade ligada a raça negra, se se trata de algum processo cultural de maior adaptação às recomendações de distanciamento, eu sei  que em Moçambique está sendo cumprido à risca apesar da pobreza, a África do Sul por seu lado tem índices muito elevados como no Brasil e Estados Unidos e é possível também que haja muita subnotificação devido a fragilidade do sistema de saúde de lá, então existem questões muito amplas sobre a baixa incidência na África que vamos aproveitar esse webinar de hoje à tarde para tentar esclarecer”, disse.

O webinar será moderado pelo infectologista da Fiocruz, André Siqueira; e contará com a participação do diretor adjunto do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Eduardo  Samo Gudo; a chefe do Hospital Central de São Tomé, Eula de Carvalho e o chefe do Departamento de  Controle de Doenças do Ministério da Saúde de Angola, Peliganga Baiao. A transmissão do evento acontecerá em todas as plataformas digitais da  SBMTOficial.

O estado emocional provocado pelas circunstâncias envolvendo a pandemia da Covid-19 está aumentando os casos de distúrbios do sono, o que requer mais atenção e cuidado em relação à saúde.

De acordo com a neurologista Daniela Vianna Pachito, especialista em medicina do sono do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, foi verificado um aumento de casos em estudos realizados na França e nos Estados Unidos que identificaram o crescimento de pacientes com esse quadro.

“Percebemos esse aumento, mas ainda estão sendo conduzidos alguns estudos no Brasil. Na França, uma pesquisa apontou que 74% dos entrevistados têm algum problema para dormir. Antes da pandemia, o percentual era de 49%. Nos Estados Unidos, o número de pessoas que dormem entre 7 e 8 horas caiu de 54% para 49%”, explica.

A especialista em medicina do sono diz que os quadros de insônia, a qualidade e questões envolvendo a regularidade do sono são os principais problemas e queixas verificadas junto aos pacientes após o início da pandemia.

“A pandemia trouxe preocupações como risco de adoecer, luto pela perda de familiares e amigos, preocupação sobre trabalho e renda. Todos estes estressores contribuem para o aparecimento ou agravamento dos sintomas de insônia. Além disso, a imposição do isolamento social modificou a rotina das pessoas, em termos da regularidade dos horários de acordar e dormir, a prática de atividade física e as atividades sociais. Este fato é um fator adicional para a piora do sono”, ressalta Daniela.

A médica do Grupo São Francisco alerta ainda que é importante ficar atento, já que esse quadro a longo prazo pode provocar outras enfermidades e afetar a qualidade de vida dos pacientes com transtorno do sono.

“No curto prazo, a insônia pode agravar ou predispor a transtornos depressivos e ansiosos, comprometer a capacidade funcional e qualidade de vida. No longo prazo, insones com redução do tempo de sono apresentam aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e redução da expectativa de vida”, afirma a médica.

Dessa forma, Daniela Pachito orienta sobre a importância de alguns cuidados e, caso a situação demonstre algum agravamento, a necessidade de buscar apoio de um profissional.

“É importante ter uma rotina estruturada, evitar dormir durante o dia ou fazer outras atividades na cama. No período noturno também se deve priorizar uma alimentação leve e evitar a ingestão de cafeína, uso de álcool e tabagismo. No entanto, se persistirem os sintomas é importante procurar um profissional e realizar um tratamento por meio de terapia cognitivo-comportamental ou, em alguns casos, até adotar o uso de medicamentos hipnóticos e sedativos com cautela”, explica Daniela.

Por outro lado, a médica alerta para os riscos de automedicação na tentativa de solucionar os problemas relacionados ao sono. “O uso de qualquer medicamento deve ser feito com orientação médica, principalmente, sedativos que podem se associar a eventos adversos como sonolência residual durante o dia, risco de quedas, impacto sobre o raciocínio e memória, além de, em alguns casos, se associarem ao risco de abuso e dependência”, afirma Daniela.

Ressignificando a arte em tempos de pandemia, o ‘Rebobinar-te’, iniciativa pioneira promovida pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), está realizando um leilão solidário das peças criadas por dez renomados artistas piauienses. As obras de arte são resultado de um trabalho único e artesanal, dando uma nova vida aos resíduos de madeira (bobinas, pallets, gradeados, etc).
O leilão está disponível no endereço eletrônico da Vip Direto (vipdireto.com.br), maior e mais renomada leiloadora online do país, estando aberto para lances de qualquer região do Brasil e do mundo, sendo todo o processo pela internet. O montante arrecadado com a ação será destinado para projetos sociais no Piauí, direcionados principalmente aos profissionais da cultura que foram afetados abruptamente pela pandemia do novo coronavírus.
A ação é ancorada pela coordenadora do Centro Cultural M. Paulo Nunes e conselheira suplente, Poliana Sepúlveda, e conta com a parceria da Piauí Conectado na doação das bobinas, logística e todos os insumos. O Rebobinar-te consolida-se como uma reverência ao potencial inventivo e transformador dos talentos piauienses.
Para reforçar a iniciativa ainda está prevista uma live no próximo dia 30 de julho, em conjunto com a Piauí Conectado, para angariar lances e apresentar as obras disponíveis nos lotes do leilão. A transmissão ocorrerá em todas as mídias sociais da Tv Garrincha e do Conselho Estadual de Cultural.
Finalizando a primeira etapa desta corrente do bem, no dia 07 de agosto a partir das 19 horas, no site da Vip Direto, será conduzido o leilão final ao vivo para o arremate dos lotes.

Ressignificar, reconectar, renascer, reinventar… Rebobinar-te! O projeto do Conselho Estadual de Cultura (CEC) dá uma nova vida aos resíduos de madeira (bobinas, pallets, gradeados, etc), transformando-os em verdadeiras obras de arte, por meio de peças únicas e inspiradoras. A ação é organizada pela coordenadora do Centro Cultural M. Paulo Nunes e conselheira suplente, Poliana Sepúlveda, sendo uma reverência aos talentos do Piauí.

O Rebobinar-te incentiva a produção artística de mestres, designers, artesãos, educadores, artistas plásticos, grafiteiros e uma variedade sem limites de quem faz arte no Piauí; por meio do trabalho desenvolvido no projeto é fomentada a venda das peças transformadas, gerando renda e movimentando a cadeia produtiva cultural local.

Na primeira fase do projeto dez artistas foram convidados para produzir as peças através dos resíduos de madeira, são eles: Igor Leite – ‘Mundoposto’; Jota A; Poliana – ‘Sama Agni’; Osani; Edvaldo Oliveira; Virgínia Sertão; Kaio – ‘Equlibrio Aum’; Mestre Dim; Pedro Vidal; Alda Alencar e Kelvin Makllano.  As obras produzidas serão disponibilizadas em um leilão especial, que captará recursos para projetos sociais no Estado do Piauí.

A conexão motivada pelo Rebobinar-te gera uma verdadeira bobina de amor, serviço e prosperidade, elevando o fazer cultural do Piauí. Com a mensagem que nada é lixo e tudo pode passar pelo reuso, o projeto pioneiro traz vida e ineditismo à arte piauiense em tempos de pandemia.

A conexão de ideias, de almas, de talentos, faz com que o Rebobinar-te tenha um público amplo, abrangendo desde os artistas aos empresários, tal como compradores e alunos da rede pública. Sendo  assim, a expectativa é que haja uma expansão do projeto nos próximos meses, disseminando-se inclusive por outras frentes, inclusive com a criação de microclimas em espaços públicos que tenham instalação de internet livre.

Diante da pandemia da Covid-19, surge uma série de desafios para as empresas especializadas em eventos na construção dos protocolos e na eventual retomada.  O setor, que foi duramente afetado pela crise provocada pelo novo coronavírus, agora vive a expectativa do ‘novo normal’, em meio a diversas dúvidas sobre a sua atuação e o modo como ela será concretizada. Para esclarecer tais pontos, a Lems Casa e Festa promoveu uma videoconferência com o presidente da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), Ricardo Dias, na última quarta-feira, 01 de julho, com o tema: “Mercado de Eventos: Do Protocolo ao Retorno”. O bate-papo foi intermediado pela empresária Elisabeth Sá.

Na ocasião, Ricardo Dias sintetizou a importância do setor unificar os protocolos, para que não haja dúvidas e nem insegurança. Neste momento, entende-se que a responsabilidade irá aumentar, assim como a exigência dos clientes na garantia da segurança sanitária.

“A importância do todo, se viermos com um pedido aqui, conflita, conflita e trava tudo. Já temos uma normativa, seguimos todos os protocolos técnicos, o ‘Juntos Somos Mais Fortes’ realmente tem que acontecer. Somos um porta-voz, o mercado manda uma mensagem para gente, se a gente tiver mais empresas do Brasil inteiro viram uma operação federal, e é bem mais fácil conquistar. Por outro lado estar certificando as empresas para começar a esse novo protocolo, quais empresas já estão prontas para este novo normal”, disse.

O líder da Associação ainda esclareceu na live que um grupo de técnicos está construindo o protocolo das empresas de eventos, que contemplará todos os pontos: distanciamento, higienização dos ambientes, cuidados pessoas, como uso de máscara, álcool em gel, dentre outros. Tal como a condução dos serviços, a exemplo do buffet.

“É muito técnico o protocolo, tem muita pesquisa envolvida, tem que casar o protocolo de todos os lugares, então temos que ter um pouco de paciência, vai sair, eles já estão andando bastante, não compartilhamos, pois estamos precisando de uma autorização da Prefeitura”, informou.

De acordo com Ricardo Dias, “o momento é de conectar”. Para isso, ele conclamou as empresas de eventos a se filiarem à Abrafesta para fortalecer ainda mais a associação, no sentido de viabilizar a conquista de mais pleitos, como crédito nos bancos, suspensão de impostos e regramentos relativos à suspensão, cancelamento e adiamento de contratos.

“Vamos fazer um protocolo só para não dar conflito, e depois do protocolo fazer as regras, o contrato, para não confundir a cabeça do cliente, temos que respeitar o cliente”, afirmou.

Elisabeth Sá corroborou o posicionamento do presidente da Abrafesta, sinalizando a preocupação das empresas de eventos com a saúde dos clientes e colaboradores.

“Essa questão vai ser muito importante nesse novo olhar, novo mundo, porque as pessoas cada vez mais estarão exigindo essa responsabilidade”, frisou.

Na retomada gradual das atividades, a defesa é que na primeira fase seja permitido a lotação de 60% dos espaços para eventos; passando para 75% na segunda fase, até alcançar a capacidade máxima na última etapa.

“Nosso pleito foi de 60% de capacidade para abrir na  primeira parte,  75% da capacidade na segunda fase; e terceira fase  com 100%; não adianta abrir com 20%  que a conta não vai fechar; a não ser que  façamos eventos híbridos”, destacou Ricardo Dias.

Primeiros eventos em Teresina no prazo de 80 dias

Quanto à retomada dos eventos na capital do Piauí, Teresina, ainda não há uma posição consolidada. No entanto, iniciaram-se nesta semana as tratativas com a Prefeitura sob uma perspectiva de que dentro de 80 dias os primeiros eventos possam ser liberados, no primeiro momento devem ser autorizados apenas aqueles que não promovem grandes aglomerações.

“Se iniciaram as primeiras conversas com a Prefeitura da cidade, e a ideia que haja uma setorização dos eventos, aqueles que não têm grande risco de transmissibilidade poderão voltar antes”, afirmou Elisabeth Sá.

Ela destacou que os grandes shows ainda vivem sob a imprevisibilidade, com a perspectiva de uma vacina ou remédio comprovadamente eficaz no combate à covid-19, reiterando, no entanto, que é uma discussão preliminar.

“A Prefeitura de Teresina iniciou as tratativas e a ideia é que os primeiros eventos iniciem em 80 dias, mas grandes shows, eventos com grande aglomeração só a partir da vacina”, comentou.