Autor: Katya D'Angelles

Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí, com especialização em Jornalismo e Marketing Político e Ciência Política. Atuou como repórter e editora de política nos Jornais Meio Norte e Diário do Povo e na Revista Cidade Verde. Atualmente é colunista do Portal Teresina Diário e responsável pela edição no site Alepi.

Será na próxima sexta-feira (19), no município de Baixa Grande do Ribeiro, a abertura oficial da colheita da safra de soja 20/21 no Piauí. O evento, que este ano será reduzido por conta da pandemia da Covid-19 contará com a presença do secretário da Fazenda, Rafael Fonteles. O evento realizado por vários parceiros, será na Fazenda Ribeirão, que desde 1982 produz no Piauí. O evento conta com apoio da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja-PI).

A Saúde Digital é um fenômeno definido por uma transformação cultural onde as tecnologias disruptivas desempenham um papel crucial no fornecimento de dados digitais acessíveis tanto para os profissionais de saúde, como para os pacientes. Essa distribuição equivalente de informações leva a uma segunda etapa de mudança na relação médico-paciente, onde a democratização do cuidado e participação em decisões com empoderamento do paciente são características cada vez mais presentes.

Desde o surgimento do primeiro estetoscópio, até o desenvolvimento de vacinas e antibióticos, a inovação tecnológica faz parte do processo natural de evolução da medicina. Contudo, no século XIX, a prática da medicina ainda era baseada exclusivamente na experiência profissional, o que precisava de anos e anos de experiência. Durante todo o século XX e início do século XXI, houve um crescimento gradativo da prevalência de doenças crônicas, com um aumento da expectativa de vida da população. No entanto, o número de profissionais de saúde não conseguiu crescer na mesma proporção, chegando a ter um déficit de 4,5 milhões de profissionais no mundo, segundo a OMS.

A partir dos anos 2000, quando então a velocidade da internet, juntamente com as tecnologias móveis foram mais disseminadas, a informação passou a ser também democratizada. Com um clique no Google e poucas palavras, já temos algo para ler sobre determinado assunto. Temos vídeos em todas as plataformas de streaming disponíveis, além de grupos diversos formados nas mais variadas redes sociais para tirar dúvidas e dar orientações específicas para qualquer tema em saúde. Esse é um dos pilares do mundo digital. O pilar das pessoas e comunidades. Importante reforçar que é fundamental observar as fontes e a procedência do que lemos na internet.

Chegamos em 2021 com um novo ‘status quo’ estabelecido plenamente. A virtualização, e digitalização dos mais variados processos, nas diversas indústrias existentes, se tornou um fato necessário, e não apenas inovador. A saúde, uma das poucas indústrias que ainda continuava trabalhando de uma maneira totalmente analógica, em uma sociedade voltada para o digital, se mantinha intacta, num pedestal prestes a cair do penhasco. Cuidar da saúde é burocrático, sem resultados práticos rápidos e sem felicidade imediata. Todas essas características fazem com que o modelo antigo, não seja apenas obsoleto para a era em que vivemos, mas também perigoso. O digital pode salvar vidas, através do engajamento sem invasão, do estímulo sem opressão, e do aconselhamento sem virtuosismo médico.

Não acredito, sinceramente, que a tecnologia seja o ponto mais importante nessa equação. A inteligência de empregar a tecnologia certa, na hora certa, lugar certo e com a pessoa certa, na verdade vem de uma série de estudos detalhados feitos por humanos, e de resultados interpretados por humanos. Não adianta darmos de “presente” um biossensor wearable para um paciente, sem medidas educacionais adequadas, sem aplicativos que o ajudem no engajamento, sem orientações sobre seu funcionamento, e sem suporte humano à disposição. Por exemplo, diversos programas de telemonitoramento têm sido realizados, e na maioria das vezes a grande questão continua sendo a seguinte: o que fazer com os dados, e como gerenciar as pessoas com esses resultados? Não seria melhor utilizar o termo telegerenciamento?

A saúde digital tem ainda muitos desafios. A maioria das organizações de saúde ainda está num período prévio à era digital e não iniciaram sequer um processo de digitalização. Primeiro, devemos procurar digitalizar, para depois sermos, de fato, digitais. A cultura do pensamento digital dos gestores atuais ainda é bastante deficitária. Insistimos por diversas vezes, e muitas delas sem perceber, em escanear processos analógicos e transferi-los para o mundo digital. Isso geralmente cria problemas sérios de gestão e de resultados. Não temos nem mesmo coleta estruturada de dados na grande maioria das organizações de saúde. Portanto, a jornada para a saúde digital plena, ainda precisa de muito trabalho. A outra questão é como evitar a criação de abismos entre os nativos digitais, e aqueles que se relacionam de forma bem menos simbiótica com a tecnologia? Como melhorar cada vez mais a transparência e a experiência digital?

Para finalizar, gostaria de deixar aqui uma mensagem importante. Os gestores da saúde, e os profissionais médicos e não médicos, têm um papel crucial no desenvolvimento da transformação digital na saúde, e precisam perceber isso o quanto antes. Esse não é um movimento tecnológico. Para aqueles que ainda não perceberam essa característica, ainda há tempo. O movimento de transformação digital na saúde, é social, cultural e humano.

Por José Luciano Monteiro Cunha,
Diretor corporativo de telemedicina do Sistema Hapvida

Os produtores do cerrado do Piauí mais uma vez estão arcando com a melhoria das estradas que são as principais das regiões produtoras do cerrado do Piauí. Em alguns trechos como é o caso da PI-392 esse trabalho vem sendo feito pelos produtores há mais de 20 anos. Nesta estrada uma parceria com a Prefeitura de Baixa Grande do  Ribeiro foi realizada para permitir a recuperação dos trechos.

Dados da Aprosoja Piauí (Associação de Produtores de Soja do Piauí) mostram que o cerrado piauiense alcançou os 827 mil hectares plantados, mais um recorde. Destaque para a região de Baixa Grande do Ribeiro, que supera os 200 mil hectares plantados.  Por conta do drama com estradas os custos de produção no Piauí são em média 30% maiores  do que o resto do país. No trecho da Baixa Grande já foram gastos  cerca de R$ 100 mil.

Trechos da PI-392: Rodovia da Soja (Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande do Ribeiro, Currais e Bom Jesus),  da PI-397: Transcerrado (Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Bom Jesus, Currais, Palmeira do Piauí, Alvorada do Gurguéia e Sebastião Leal) e pela rodovia vicinal da Serra da Fortaleza (Santa Filomena) estão recebendo intervenções dos produtores para que se garanta minimamente a trafegabilidade e o escoamento da nova safra recorde que o Piauí começa a colher.

São trechos cuja pavimentação iniciou ainda em 2013 (1o trecho da Transcerrado/PI-397 – 1/3 da rodovia: 117 km; e os 16,5 km da PI-392 – menos de 1/10 da rodovia) e não foram concluídos.   Nos 16,5 km da PI-392, iniciado em 2020 foram entregue até agora, cerca de 2,5 km pavimentados.  Na Transcerrado – PI-397 , parou nos 90 km há alguns anos.

A situação também não é boa nas rodovias já asfaltadas que também atendem ao setor. NBas estradas que ligam os de Bertolínia, Sebastião Leal, Uruçuí e Ribeiro Gonçalves (PI-247) e de Ribeiro a Baixa Grande do Ribeiro (outro trecho de 30 km da PI-392) – buracos estão se multiplicando e deteriorando substancialmente o que já existe.

O deputado estadual Henrique Pires (MDB) esteve hoje (3) em audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Participaram também do encontro o presidente da Assembleia, Themístocles Filho, o deputado Federal Marco Aurélio Sampaio e a prefeita de Esperantina, Ivanária Sampaio. No encontro foi debatida a liberação de recursos federais para obras de mobilidade urbana, principalmente a pavimentação de rodovias no Piauí.

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Antônio Santos Filho, também participou do encontro. Segundo Henrique Pires, no mês de março, o presidente Jair Bolsonaro vem inaugurar a ponte de Santa Filomena. “Eu pedi o ministro que fizesse um ato na BR-135 onde as obras começaram no governo Michel Temer”, confirmou o deputado.

Desde o início da pandemia, muitas crianças e adolescentes precisaram ficar em casa. As atividades de lazer foram adaptadas e a nova rotina das aulas trouxe mudanças à saúde física de algumas delas. O pediatra do Sistema Hapvida, Marcelo Dunningham Rodrigues afirma que também houve modificações na saúde mental.

Do ponto de vista físico, as crianças permanecem menos doentes porque ficaram sem contato social. Vírus e bactérias que circulam comumente entre elas deixaram de ser propagados. Mas no aspecto mental o isolamento não é benéfico, afirma Dunningham.

A jornalista e advogada, Zaira Amorim, mãe da Heloisa de 2 anos, percebeu como foram difíceis as alterações de rotina da filha exatamente em um período em que ela  começava várias descobertas.  “Foi um ano bem desafiador pra todo mundo, não só pros adultos, mas também para as crianças que sentiram muita falta. Quando a pandemia começou Helo tinha um ano e cinco meses em pleno o desenvolvimento, começando a falar e a interagir. As poucas vezes que saímos ela dá bom dia a todo mundo que ela encontra desde o elevador”, conta.

O médico lembra que as crianças e adolescentes voltarão ao convívio social e novos desafios precisarão ser enfrentados. Ainda, segundo ele, muitas crianças por não terem feito atividades físicas podem ter aumentado o peso. Isso por descarregarem suas tensões na alimentação. “A recuperação de todos os aspectos positivos da saúde deste público será um grande desafio para o próximo ano”, afirma o especialista.

*Paciência e criatividade nas atividades ajudam as crianças*

Pais, professores, médicos e psicólogos precisarão dar uma atenção especial também à saúde emocional delas. O ano de 2021 pode ser desafiador para nossos pequenos. Todos terão que trabalhar para tentar amenizar essa perda que elas tiveram neste tempo de isolamento, finaliza o médico.

Por conta dos cuidados e do isolamento que a família continua a fazer os passeios ficaram restritos. Zaira conta que percebe como a pequena sente falta de interagir com outras pessoas.  Segundo Zaira, que tem vários profissionais da saúde na família, eles sempre alertam que as crianças podem ter muitas viroses durante um ano. “A Helo adoeceu apenas duas vezes”, acrescenta.

Para 2021 a mãe conta que ainda não se sente segura para enviá-la a escola neste primeiro semestre, mas defende que neste momento é preciso ter muita paciência e procurar  meios de minimizar a pressão. No caso da Helo, uma das saídas foi a prática da natação no prédio onde a família mora, mas os passeios continuam muito restritos. “A gente se esforça muito para tentar fazer brincadeiras diferentes e sempre interagir para que ela não fique muito entediada”, finaliza.